terça-feira, 18 de novembro de 2008

Da linguagem técnica à linguagem de senso comum

Após nos terem sido apresentadas algumas páginas da DSM-IV referentes a uma patologia específica (no caso do meu grupo a Perturbação Depressiva Major), dividimo-nos por grupos, com o objectivo de resolver a seguinte tarefa:

2.Caracterizar a linguagem técnica (que adjectivos surgem, que características – dar exemplos).
Grande utilização de termos técnicos descritivos (perturbação depressiva major, mortalidade, taxa de suicídio, estudos epidemiológicos, etc.). São utilizados adjectivos de intensidade (grau), subjectivando a linguagem – elevado, acentuadamente maior, aumentada, etc. São, também, apresentados vários dados estatísticos – quantificação (“Taxa de suicídio em sujeitos com Perturbação Depressiva Major grave pode ir até aos 15%”).
Neste contexto, permite tornar objectiva a comunicação entre os técnicos, no entanto, dadas as suas especificidades, torna-a perceptível apenas a esse grupo restrito de pessoas. Esta linguagem formal, pode ser interpretado de forma errónea e utilizada de forma desadequada por elementos que não pertençam a esse grupo restrito.
Dadas as suas características próprias, o uso de linguagem técnica na definição de perturbações mentais pode levar a uma categorização/estigmatização das pessoas.

3.Transformar a linguagem técnica em linguagem de senso comum e elaborar uma descrição narrativa.
Pessoas que se sentem tristes, com falta de energia ou então estão muito aceleradas, estão muito cansados, não têm vontade de fazer nada, emagreceram ou engordaram bastante em pouco tempo, têm mais sono ou não conseguem dormir, não conseguem passar muito tempo a fazer ou a pensar a mesma coisa e têm muitas dúvidas, sentem-se culpados por quase tudo, sentem que não valem nada e pensam muito na morte estão mais sujeitas a morrer e algumas delas acabam mesmo com a própria vida.

4.Caracterizar a linguagem de senso comum emergente (que adjectivos, que características – dar exemplos).
A linguagem utilizada na questão anterior é mais descritiva, narrativa (“…com falta de energia ou então mexem-se muito e estão muito cansados, não têm vontade de fazer nada…”). É informal, subjectiva e pouco rigorosa (…não conseguem passar muito tempo a fazer ou a pensar a mesma coisa…”) mas perceptível para toda a gente, o que a torna acessível. E mais simples, uma vez que é uma linguagem pouco formal/científica. Os adjectivos utilizados são mais qualitativos (tristes, cansados, etc.) do que quantitativos. A possibilidade de se utilizarem vários termos semelhantes para nos referirmos à mesma ideia, torna este tipo de linguagem muito abrangente mas ao mesmo tempo ambígua (“…ou então estão muito aceleradas…”), podendo levar a interpretações distintas.

5.Procurar pensar, a partir da linguagem de senso comum, se em algum contexto
específico alguma característica particular pode constituir uma competência.
“Estar muito acelerado”, pode ser positivo se, por exemplo, tivermos vários trabalhos para entregar na próxima semana e ainda estivermos muito atrasados na sua elaboração.
“Falta de energia” poderá ser uma competência na medida em que impede o investimento em situações que trarão sofrimento – situação de “entrapment”.

Um comentário:

Anônimo disse...

A concluir: está bom, mas falta uma reflexão geral sobre o tema que poderia articular os objectivos dos diferentes exercícios
APR
Vê "cruzes" na lista