terça-feira, 4 de novembro de 2008

Comunicação Humana


Ao contrário do que se pensava inicialmente não se baseia unicamente numa transmissão intencional de mensagens entre um emissor e um receptor (de acordo com o modelo telegráfico, ligado às ciências exactas, que se revela muito restrito e aplicado a contextos próprios e definidos, não se adequando à comunicação presencial). Ao comunicar como que fazemos parte de uma orquestra, na qual não havendo maestro nem partitura, cada um dá o seu contributo para conseguirmos obter um resultado harmonioso. Ao contexto cabe o papel de organizar toda a melodia, i.e., a comunicação. Tal como fazer música, comunicar é uma arte… A fazer parte da mesma orquestra está o emissor e o receptor, que comunicam através de um sem número de canais que se vão articulando, integrando na sua “melodia” o ruído (ou seja, nova informação), reorganizando-a. Na comunicação estamos sempre à procura de um ajustamento (“fitting”), sendo a mensagem absolutamente complexa e integrada num contexto específico – espaço inter-individual. Comunicar é, assim, acima de tudo uma obra criativa, na medida em que o que vai ser comunicado não é previsível (Relvas, comunicação informal, Outubro 2008).

Desta forma a comunicação pode ser entendida, nas palavras de Alarcão (2002), “como um processo social que integra múltiplos modos de comportamento. Também neste sentido Winkin (1998, cit in Braga, n.d.) afirma que a comunicação e o comportamento se fundem, na medida em que a comunicação é um todo integrado, não se podendo fazer uma cisão entre comportamento verbal e não verbal, pois todo o comportamento é comunicação (Braga, n.d.; Alarcão, 2002).

Podemos estudar a comunicação humana tendo em conta três níveis: o sintáctico, o semântico e o pragmático, que estuda os efeitos da comunicação sobre o comportamento (Alarcão, 2002). Há então que distinguir entre comunicação saudável (que cumpre a função de ligar positivamente os indivíduos) e comunicação patológica, i.e., aquela que contribui para os afastar, servindo os axiomas como medida de comunicação, uma vez que todos os axiomas de comunicação podem ser distorcidos – comunicação patológica.

A este propósito foi-nos apresentado, no início da última aula, uma série de imagens que continham em si a metáfora de um ou mais axiomas comunicacionais, ou mesmo a sua distorção, bem como de conceitos relacionados com a comunicação humana. Foi-nos, então, pedido que identificássemos essa mesma metáfora para cada uma das imagens em questão. Posto isto, reunimo-nos em grupo e verificámos quais as figuras que tinhas sido reconhecidas pela maioria dos elementos, tendo seleccionado quatro.

Um comentário:

Anônimo disse...

o Tema está muito bem pensado. Gostei da articulação dos conteúdos e da análise sobre os mesmos. observa-se um esforço de avançar para além do dito na bibliografia (sínteses introdutórias). Vamos esperar pelos próximos com uma expectativa elevada. Parabéns.