terça-feira, 14 de outubro de 2008

"Visões Múltiplas"


Durante a realização deste exercício, e partindo exactamente da mesma história inicialmente apresentada, foi possível obter três narrativas distintas, de acordo com o ponto de vista adoptado (Sr. António, revisor ou passageiro habitual do comboio). E foi extremamente interessante verificar que a mesma descrição de uma sucessão de acontecimentos foi interpretada de forma tão diferente pelos três participantes, comprovando, deste modo, que as nossas interpretações são sempre subjectivas. Estas foram influenciadas não só pelo papel de cada personagem que adoptamos, mas também pelas informações que nos foram fornecidas. Assim, nenhuma história se revela mais válida do que as restantes, uma vez que a única coisa a que temos acesso é às interpretações de cada personagem e não à realidade objectiva. Uma vez que não temos acesso directo e objectivo à realidade podemos apenas construir a nossa própria leitura, tendo consciência de que a nossa visão será sempre subjectiva (Construtivismo). Essa construção terá sempre por base os referenciais socioculturais que vamos adquirindo na interacção com os outros e que vão servindo de “filtro” às nossas interpretações (Construcionismo Social). Daí que uma única situação permita visões múltiplas…

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